terça-feira, 17 de março de 2009

039 / enferrujado

se eu tivesse coragem, levantava e falava aquilo que tanto teima em se debater e rebater na minha cabeça. tudo aquilo que me perturba, eu gritava na tua cara. não para desabafar, mas pra te fazer susto e para que você sentisse o que é ter o cuspe dos sem-respeito escarrado na consciência. me fiz pensar que talvez não valha a pena... e fiz do seu riso irônico, o meu riso irônico. do seu deboche pela minha vontade, o meu deboche pela sua incapacidade de reconhecer um erro. (ou muitos erros.) da sua posição esquerdista e revolucionária, a minha posição que paira para não se acomodar num sofá de quem assiste brasil urgente.

de nada adianta ter discurso politizado e não ter curso pessoal/profissional.



"você tem tudo / quase tudo em sua mão / voz e vez e 
mais o escudo da razão / mas você não sabe fazer canção" 
tacape - zeca baleiro


e você não sabe fazer canção.
talvez por isso, qualquer ofença ou referência à minha capacidade
é pouco. pouquíssimo, vindo de quem vem.

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